sexta-feira, 20 de março de 2009

A Mulher na Época Medieval

O presente trabalho foi desenvolvido nas aulas de História A do Professor Mário Costa:

Na época Medieval, o papel da mulher estava relacionado com a sua posição social. Assim, a mulher do povo tinha um papel activo, pois trabalhava nos campos (embora em tarefas mais leves), enquanto que a mulher da nobreza assumia um papel passivo, obedecendo ao pai ou ao marido, consoante a sua situação civil.
Mas, independentemente da sua posição social, todas as mulheres viviam subordinadas aos homens e tinham duas funções em comum: a lida da casa e a educação dos filhos. Era inaceitável que uma mulher interviesse política ou militarmente na sociedade, uma vez que estas eram consideradas funções masculinas.
A Igreja Católica assumiu uma posição particularmente ambígua e hipócrita, relativamente ao papel da mulher na sociedade. Se por um lado a comparava a Eva (representação do pecado), por outro, exigia que fosse uma mãe bondosa e carinhosa, assemelhando-a à Virgem Maria. Neste sentido, a mulher tinha que corresponder a um ideal de mulher caridosa, discreta, prudente e casta, senão seria considerada perturbadora da sociedade.

Waterhouse, Fair Rosamund

A mulher da nobreza assumia um papel preponderante na família. Como filha, limitava-se a acatar a vontade do pai que negociava o seu dote e o seu casamento (caso fosse a filha mais velha), pelas vantagens que lhe traria. Como esposa, teria que assegurar a linha de sucessão da família e era vigiada pelo marido, de modo a assegurar a legitimidade dos seus filhos. Só assumiam um papel mais preponderante gerindo propriedades e administrando os bens caso o marido fosse para a guerra ou falecesse. Já as filhas segundas não casavam, podendo permanecer na casa dos seus irmãos, se estes assim o permitissem, ou teriam que ir para um convento, tornando-se evangelizadoras ou copistas.

Em Portugal, a participação das mulheres da nobreza na política e na guerra era entendida como nefasta. Esta posição reflecte-se claramente nas cantigas de escárnio e maldizer, onde aquelas que pretendem traçar o seu caminho eram alvo de troça.
Quanto à mulher do povo, cabia-lhe tomar conta da casa e dos animais. Era também conhecedora de ervas para unguentos e emplastros, revelando-se aqui uma preocupação da mulher face à beleza e saúde. E, mais tarde, numa tentativa de anular o papel da mulher até da medicina popular, viria a ser considerada bruxa e alvo de perseguição por parte da Igreja Católica.
A mulher do povo que residia nos centros urbanos prestava serviços e comerciava, mantendo-se o carácter produtivo da mulher deste estrato social. No entanto, era alvo de discriminação, em relação aos homens, nos serviços prestados, onde era sempre menos remunerada ou recompensada.
À mulher do povo era vedado o acesso ao ensino universitário, pelo que o papel na educação dos filhos limitava-se ao ensino elementar (gramática e latim), dado que muitas mulheres da burguesia frequentavam o ensino elementar.
Desde o início da Idade Média até ao século XIX, verificou-se um anti-feminismo acentuado, em que o papel da mulher na sociedade se cingia essencialmente às funções de procriação, fidelidade aos maridos, lides domésticas e educação (embora precária) dis filhos. Estes parcos estatutod eram-lhes concedidos pelo pai, pelo marido e por uma instituição fundamental da sociedade medieval, a Igreja Católica.
Joana Recharte
10.º 2

sexta-feira, 13 de março de 2009

Concurso de fotografia: As Mulheres da Nossa Região


A UMAR Madeira (União de Mulheres Alternativa e Resposta) lança uma proposta a todas/os/as madeirenses: um concurso de fotografia subordinado ao tema "As Mulheres da Nossa Região". O objectivo é que escolhas fotografar o que achas que caracteriza a mulher madeirense.

O tema do concurso não é inocente; parte do título da obra de Maria Lamas, As Mulheres do Meu País, obra que resultou das viagens desta célebre jornalista enquanto presidente do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, e que retrata as mulheres portuguesas da primeira metade do século XX.

Se quiseres participar, consulta o regulamento que está no placard do Alternativa EQUAL no Pav. I, no blog da UMAR Madeira (umarmadeira.blogspot.com) ou então fala com a professora Elisa Seixas do projecto Alternativa EQUAL. Podes entregar-lhe os teus trabalhos que ela reencaminha para as organizadoras do Concurso.

Os trabalhos podem ser entregues até dia 10 de Abril. A divulgação dos resultados acontece no dia 25 de Abril, que é uma data importante não só para Portugal como também para as mulheres portuguesas, que adquiriram a partir daquela data direitos que até então lhe eram vetados.

Participa! Os prémios do concurso estão discriminados no regulamento.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Dia 6 (sessão da tarde) - Crash/Colisão (Ensino Secundário)



O filme que fecha o Ciclo de Cinema Olhares, lança para cima da mesa uma reflexão sobre os nossos medos, sobre os nossos preconceitos e como estes podem condicionar a forma como nos relacionarmos com os outros - e como são decisivos para a forma como muitas vezes colidimos entre nós, sem qualquer tentativa de perceber outros pontos de vista.
Este último filme é proposto como síntese de todas as temáticas que procuramos abordar. É um filme que nos faz pensar que devemos procurar mesmo um lugar intermédio entre Eu e o Outro.

Créditos do filme:
Realização - Paul Haggis
Actores/actrizes principais - Sandra Bullock; Don Cheadle; Mat Dillon; Jennifer Esposito; William Fichtner; Brendan Fraser; Terrence Howard; Chris Bridges; Thandie Newton; Ryan Philippe; Larenz Tate; Michael Pena.
Ano de realização - 2005

domingo, 1 de março de 2009

Dia 6 (sessão da manhã) - Os Acusados (Ensino Secundário)


O quinto filme escolhido lança um olhar sobre a nossa natureza e a consciência moral - individual e colectiva. Baseado numa história verídica, narra a saga de uma mulher que depois de ter sofrido uma violação com contornos muito violentos ainda tem que enfrentar um processo judicial que se revela preconceituoso e em que a vítima é tratada como criminosa. Onde começa e onde acaba a nossa responsabilidade colectiva?

Créditos do filme:
Realização - Jonathan Kaplan
Actrizes principais - Jodie Foster; Kelly McGillis.
Ano de realização - 1988